Design sustentável: peças que dão vida novas a materiais descartados

O criar aliado à escolha consciente dos materiais tem se tornado um propósito que direciona o trabalho de muitos designers brasileiros

Técnicas, memórias ou reconhecimento de seu território faz com que o design se reinvente. Em tempos em que os recursos estão cada vez mais escassos, despoluir o olhar para aquilo que em nosso cotidiano pareça banal para dar lhe novo significado tem sido o exercício primordial para jovens designers e grandes empresas que, a partir da consciência ecológica, estão reinventando o mercado. É uma forma de fazer contemporânea que une pesquisadores e criadores. A seguir apresentamos alguns profissionais que apostam na criação em harmonia com o planeta.

Da parceria entre o designer cearense Erico Gondim com o estúdio de design Rato Rói nasceu a luminária Corrupio. Inspirada em um brinquedo de rua típico brasileiro, cada peça apresenta uma diversidade de cores e texturas única. Sustentáveis e com design apaixonante, a linha Corrupio reaproveita plásticos descartados por meio da colaboração com uma cooperativa de catadores.

Designer, artesão e artista autodidata, o mineiro Domingos Tótora encontrou uma forma memorável de colocar a pequena Maria da Fé, com seus 15 mil habitantes, no mapa do design internacional. Com pés de ferro oxidado, a Poltrona Semine I é a materialização formal daquilo que Tótora conhece tão bem: a memória de sua terra. Enquanto a matéria-prima surge do excessivo descarte de papelão, nas mãos do artista cria-se um novo cenário de riqueza trazendo à luz não somente a cidade onde é feita, mas as pessoas que moldam e transformam  massa, papel e cola em obras únicas. 

Democratizar a produção do design é um desejo que caracteriza a obra de Micaella Pedros criadora do Joining Bottles. Sua técnica baseia-se em produzir peças únicas e cheias de personalidade a partir de madeiras encontradas nas ruas e garrafas pet. O material acendeu na designer não apenas o anseio de criar, mas também de ensinar às pessoas como aplicar o processo em suas necessidades cotidianas. Uma prova da versatilidade fascinante da matéria-prima e do papel didático que o design tem.

Apaixonado pelo mar, o designer catarinense Elias Lanzarini busca em suas peças de mobiliário autoral a recuperação dos oceanos. Muitas de suas criações utilizam madeiras, cordas e redes de pesca que foram descartadas. A Poltrona San Diego, cuja imponência fala por si só, tem sua matéria-prima extraída de embarcações abandonadas. A técnica utilizada é fruto do conhecimento prático de marcenaria naval que Lanzarini adquiriu pelo mundo.

Fonte: Casa Vogue

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